Fofocando sobre livros

Oie pessoal, tudo bem? Eu acabei sumindo por um tempo maior do blog, e o motivo foi o seguinte: eu não sabia o que postar. Eu pensei, pensei e pensei e decidi falar sobre minhas últimas leituras. O mês de Fevereiro está sendo esquisitíssimo, teve o carnaval, eu fiquei em casa e contraí dengue, fiquei bem ruim, com febre alta e manchinhas vermelhas na pele. Agora estou mais disposta. Mesmo assim, o mês de fevereiro continuou essa coisa estranha. Claro que teve o show do Twice, sim foi ótimo, mas tirando este acontecimento o mês de fevereiro foi um mês de mal estar constante. Mesmo agora fazendo a postagem, sinto uma dor de cabeça esquisitíssima. Eu queria pelo menos ser chamada pela UFMG pra estudar agora em março, e pelo jeito vou começar a estudar só em Agosto mesmo. O que é apavorante, pois não sei o que fazer da minha vida até lá.

Livro 1: Os Despossuídos

Escrito em 1974 pela brilhante e premiada Ursula K. Le Guin, Os Despossuídos é uma ficção científica incomum, utópica e distópica, sobre dois planetas gêmeos separados por conflitos e desconfianças, e um homem que arriscará tudo para reuni-los.

Urras é um mundo de abundantes recursos dividido em vários estados-nação. Em meio a extremos de riqueza e pobreza, dois deles estão em guerra para estender sua influência – e seu sistema político – sobre os demais. Anarres, por sua vez, é o planeta recluso e anarquista gêmeo de Urras, cuja visão utópica de seus colonizadores acabou criando uma ilusão de sociedade perfeita. Essa ilusão só é quebrada quando Shevek, um jovem físico brilhante de Anarres, descobre a Teoria da Simultaneidade, uma ideia que pode acabar com o isolamento de seu planeta e, ao mesmo tempo, avivar as guerras do planeta vizinho.

Seguindo o estilo de Le Guin, este livro aborda questões de fundo sociológico, como liberdade, desigualdade, individual versus coletivo, e temas políticos cruciais, como anarquismo e polarizações políticas. Embora seja fruto da influência da Guerra Fria, este livro continua cativante e extremamente atual. Situado no mesmo universo ficcional de A mão esquerda da escuridão, outro clássico da autora, Os Despossuídos recebeu o prêmio Nebula em 1974 e os prêmios Hugo e Locus em 1975.

Os Despossuídos foi um livro muito difícil. Eu comecei a ler por ser o livro do mês do clube do livro que participo. Eu quase desistir de ler ele.

Os Despossuídos é um livro político e de ficção científica. Foi dois tiros juntos, porque eu nunca tinha lido algo desses gêneros. A Ursula escreve sobre um físico de Anarres, que é um planeta desértico e anarquista, que viaja para Urras, um planeta capitalista. Shevek, o físico, cria várias filosofias durante sua passagem em Urras, e muitas vezes eu tive que pular porque eu simplesmente não entendia a conversa que se passava -- minha cabeça é meio oca pra esses assuntos.

Teve muitas cenas que me marcaram, e claro, não vou comentar pra não dar spoiler gratuito. Mas saibam que é um livro bem pesado, rolas umas cenas gráficas viu. Mas acho que valeu a pena o perrengue que passei, pois me deu várias reflexões e muita, muita dor de cabeça. 

Livro 2: O Morro dos Ventos Uivantes

Nessa obra brilhantemente escrita por Emily Brontë, a natureza humana é destrinchada em uma narrativa que combina elementos como amor doentio, ódio, rejeição, desejo de vingança e ruína. O morro dos ventos uivantes é um daqueles livros cujo enredo prende o leitor, sendo impossível fechá-lo antes de concluir sua leitura. A história é contada em detalhes pela criada Nelly a um forasteiro, e narra eventos que permearam gerações das famílias Earnshaw e Linton, bem como seus desdobramentos. Nesse romance arrebatador, o leitor conhecerá personagens inesquecíveis como Heathcliff, um menino órfão trazido pelo patriarca da família Earnshaw após uma longa viagem. A criança é submetida a diversas humilhações protagonizadas pelo filho do casal, e com isso desenvolve um temperamento taciturno e perverso. Heathcliff encontra, porém, na nova casa, um único alento: a paixão doentia que ele nutre por Catherine Earnshaw, a temperamental filha do casal, que de imediato se torna sua aliada. Heathcliff, motivado pelos revezes sofridos, busca se vingar dos que o humilharam enquanto se torna cada vez mais sádico e endurecido, cometendo para isso as mais temíveis atrocidades. Seria possível um vilão cruel e demoníaco sofrer por um amor arrebatador, que a tudo sobrevive? Haveria redenção para uma alma tão fria? E quanto às vítimas, conseguiriam elas escapar de sua sede por maldade? Nesta obra brilhantemente escrita por Emily Brontë, e publicada em 1847, a natureza humana é destrinchada em uma narrativa que mistura elementos como amor, ódio, morte, vingança e ruína.

O Morro dos Ventos Uivantes é uma grande fofoca.  Ainda estou a uns 40% no livro, e está sendo um ótimo passatempo, depois do perrengue de Os Despossuídos. Emilly Bronte escreve de uma maneira clara e simples, as loucuras dos moradores do Morro. Eu dou muita risada com os capítulos, juro! Cada hora é um doido diferente, fazendo uma loucura. Raiva, acredito passar um pouco com Hindley, sendo sincera! Heathcliff é um demônio? É, mas se eu fosse ele eu também seria! Criaram o coitado como um brutamonte, sendo um escravo naquela casa, por mim, que ele se vingue de cada um, incluindo a maluca da Catherine, que acho uma egoísta. Ela diz uma coisa, e vai lá e faz outra. Não acho que ela amou o Heathcliff, só sentiu pena dele mesmo, e acha que esse sentimento de pena é amor. Eu quero ver o Cliff (como eu chamo o divo que tentou matar o cachorro da Isabella esses dias) se vingando de cada um, como um dorama de 16 episódios. Mas isso não é um dorama de vingança, é um livro inglês de 1800 e bolinha, e vamos ver qual será o final dessa grande fofoca. Mas no momento, eu passo um pano pro Heathcliff SIM. E posso mudar de opinião quando eu avançar na leitura.

Bem eu acho que é isso. Eu falei bem pouco de Os Despossuídos porque foi uma leitura angustiante e tem muitas pautas dentro dele. Fala sobre feminismo, relação do público e privado, etc e etc. Mas é isso o que venho lendo por agora.

Espero voltar e espero falar de algo que não seja livros, hehe. Que o final de Fevereiro seja tranquilo para você, querido leitor do blog.